A Samsung aproveitou a noite desta terça-feira para anunciar a chegada oficial de seus mais recentes smartphones topo de linha, a dupla Galaxy S6 e Galaxy S6 Edge. Ambos os dispositivos chegam em pré-venda a partir do dia 16 e custam bem caro, com valores que superam o mesmo que pode ser encontrado em seu principal concorrente: o iPhone.
A Samsung apresentou os dois smartphones durante a MWC deste ano, que aconteceu na primeira semana de março em Barcelona, mas em um evento próprio e fora da feira - mesmo que o dispositivo estivesse dentro do estande da marca. Os novos smartphones entram na receita que a Samsung está buscando se remodelar e evitar mais um lançamento cheio de hype e com baixas vendas, como aconteceu com o Galaxy S5 no ano passado. Por dentro as mudanças são pequenas, mas por fora os dois aparelhos chamam atenção - principalmente pela tela curvada do Edge, que realmente é bonita. Em números, temos:
Galaxy S6
- Tela Super AMOLED de 5,1 polegadas
- Resolução de 2560 x 1440 pixels
- Densidade de 577 ppi
- Gorilla Glass 4
- Processador Exynos 7420 octa-core (quatro núcleos em 1.5 GHz e mais quatro em 2.1 GHz)
- 3 GB de memória RAM
- GPU Mali-T760MP8
- 32 GB de memória interna
- Sem slot para microSD
- Bateria não removível de 2.550mAh
Pegue tudo isso e apenas modifique que a tela é ligeiramente curvada para ambos os lados, o que faz o aproveitamento da frente do dispositivo subir de 70,7% para 71,7%, e você terá todos os aspectos técnicos do Galaxy S6 Edge.
Uma das grandes mudanças no dispositivo está em sua interface gráfica, que a Samsung promete ter ficado mais leve (é notória a evolução em dispositivos mais recentes, como o Galaxy Note 4 que apresenta uma TouchWiz bem mais leve do que versões anteriores da própria linha Note), mas ainda há uma grande quantidade de apps pré-instalados e que não podem ser desinstalados. Eles até podem ser desativados, mas isso não remove o espaço que os programas ocupam na memória interna, apenas removem o ícone da lista de apps - isso não é solução, Samsung! Esta impossibilidade de remover por completo apps que você pode não utilizar durante toda vida útil do smartphone faz com que a memória interna fique ainda mais limitada, já que não há slot para cartão microSD.
Outra mudança está na presença de um processador criado em 14nm, trabalhando junto da memória RAM LPDDR4 e que oferece acesso para um novo padrão de memória flash (a memória interna) que, segundo a Samsung, permite um desempenho bem superior em relação ao que estava em outros modelos da mesma marca. Isso é bacana e aumenta a possibilidade de realmente fazer duas coisas ao mesmo tempo (como abrir um vídeo em Full HD e continuar navegando pela internet, sem engasgos), mas o preço (de acordo com afirmação da própria Samsung) desta novidade foi a remoção da bandeja para cartões microSD - ao menos a Samsung não deu uma de Apple e abandonou a versão de 16 GB do aparelho.
Enfim, a dupla de smartphones é bacana por dentro, mas por fora apenas o S6 Edge chama atenção. Ainda é cedo para afirmar qual a real utilidade de telas curvadas para fora - além de poder ter um efeito bonito quando alguém te liga, iluminando o entorno do dispositivo. Digo utilidade de verdade, do cotidiano. Um ponto que não agradou no design está na parte inferior que, digamos, é uma cópia em 95% do mesmo local de um iPhone 6.
Por fim, o Galaxy S6 chega ao Brasil na versão de 32 GB (há outras de 64 GB e 128 GB no exterior) e custando R$.3.299 Já o S6 Edge pode ser encontrado nas versões de 32 GB por R$ 3.799 e o de 64 GB vai além e custa mais caro do que um ÂÂ iPhone 6 ÂÂ com o dobro de memória interna ou o duas vezes mais caro do que o Moto Maxx, que também vem com 64 GB. Tanto o Galaxy S6, como o S6 Edge chegam ao país nas cores branca, preta, dourada e verde, sendo que a última é específica do S6 Edge.
A pré-venda começa no dia 16 deste mês e as lojas, tanto varejo quanto operadoras, recebem os dois aparelhos (em todas as capacidades internas).
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